A experiência de Assunta Camilo é hoje fonte para a formação e valorização do profissional de embalagem
Assunta Camilo Napolitano fez da embalagem sua profissão e após construir uma bem-sucedida carreira, com passagem por diversas empresas do mercado, dedica-se hoje a formar o futuro profissional da embalagem brasileira. Homenageada como a Profissional do Ano pelo Prêmio Brasileiro de Embalagem Embanews – Troféu Roberto Hiraishi, Assunta é formada em Engenharia Mecânica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e pós-graduada em Administração Industrial, Marketing e Gestão Avançada de Marketing.
Sua carreira começou em 1982 com um estágio na Rhodia, na área de processos e tecnologia de Poliéster e Nylon. Nos anos seguintes, atuou na Cyklop, depois Toga, Tetra Pak e Ripasa. Seu talento para ensinar manifestou-se cedo, em 1990, quando começou a fazer palestras sobre embalagens. Em 1994, criou um curso de embalagens no Senai Theobaldo de Nigris. “Senti que havia uma grande lacuna no setor. Faltava um centro focado em embalagens, no qual os profissionais pudessem estudar e pesquisar sobre o tema. As instituições que tratavam o assunto, faziam como algo menor. O tema embalagens não era o foco em nenhuma escola. Além disso, sempre tive uma grande paixão pelo assunto e ensinar era a minha missão”, explica Assunta, que em 1998, fundou a consultoria FuturePack, especializada em desenvolvimento de mercado.
Na área de consultoria, Assunta realizou projetos de desenvolvimento de mercado para Polibrasil, Ibema, 3M, Emplal e Papirus e, internacionalmente, para o Instituto de Pesquisa Internacional – Pira. Também desenvolveu projetos de embalagens para marcas como Bazzar, Magia dos Aromas, Smart Caps e Agreste Fashion. Todos foram premiados nacionalmente e o projeto Bazzar conquistou o prêmio internacional WPO.
Valorização do profissional de embalagem
Com a experiência de quem já participou de mais de 100 feiras internacionais do setor de embalagem, visitou mais de 60 países e fez diversos cursos de embalagens no Brasil e no exterior, Assunta sente que o profissional de embalagem não é ainda valorizado nas empresas. “O profissional de embalagem não é considerado na tomada de decisões estratégicas das empresas. Fica renegado a tocar a operação e colocar “para fora” os produtos. Enquanto, a sua participação desde a concepção do projeto poderia fazer uma enorme diferença nos resultados e na competitividade das empresas. Falta também a possibilidade de relacionamento e troca de informações sobre cases de sucesso e erros. Como consequência dessa falta de valorização dos profissionais do setor de embalagem, muitas iniciativas de cursos de embalagens não atingiram quórum ou não passaram da primeira turma”.
Com esta filosofia, em 2005, Assunta idealizou e fundou o Instituto de Embalagens, apresentando em 2007 o Kit de Embalagens. Um ano depois começaram os cursos de embalagens compactos de A a V (do Aço ao Vidro), que já somam 30 edições. Em 2009, o Instituto de Embalagens lançou os três primeiros livros de embalagens de autores brasileiros. No ano seguinte, lançou o Conjunto de Educação, voltado para crianças. Atualmente, trabalha para lançar, no Instituto de Embalagens, um clube de relacionamento dos embalageiros do Brasil. No Clube da Embalagem, os profissionais poderão se encontrar e reunir informações importantes e relevantes para seguir em frente.
Para ela que já ministrou mais de 300 palestras e mais de 50 cursos e foi jurada e ganhadora de vários prêmios do setor de embalagem, “é de vital importância o papel das revistas especializadas e as premiações do setor de embalagem que ajudam a mostrar a realização do setor e os caminhos para o sucesso”. Seu próximo desafio é construir uma sede própria para o Instituto de Embalagens com um grande laboratório de pesquisa. Será um espaço que deverá abrigar também cursos de graduação e pós-graduação. www.institutodeembalagens.com