Assunta Napolitano Camilo
A sustentabilidade sempre esteve presente nos mais de 120 anos de história da Klabin e, em 2020, a companhia lançou a Agenda Klabin 2030 com a definição dos KODS – Objetivos Klabin para o Desenvolvimento Sustentável, alinhados à agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. Entre as metas, a companhia se compromete a zerar a destinação de resíduos industriais para aterros, reduzir em 20% o consumo específico de água industrial e reduzir a participação de combustíveis fósseis para garantir uma matriz energética de, no mínimo, 92% renovável, entre outros.
As embalagens de papel são parte fundamental da construção de um futuro consciente e a Klabin fabrica produtos a partir de fontes naturais e renováveis, que geram subprodutos (não mais resíduos) para diversos setores, como o de cosméticos e construção. Entre tantas soluções inovadoras e ecológicas, está o EkoMix, embalagem produzida com papel dispersível, que pode ser integrada ao processo de mistura no momento da preparação do concreto, contribuindo para reduzir os resíduos na construção civil. A solução é biodegradável, produzida a partir de matéria-prima vinda de florestas plantadas e certificadas.
A companhia também investe em barreiras sustentáveis há mais de 10 anos, tendo consolidado no mercado soluções como o Klafold FZ e Klafold GB, que já dispensam a aplicação de plástico associado ao papel-cartão para obtenção de barreira. Em 2021, anunciou o investimento de R$ 40 milhões em tecnologia para aplicação de barreira dispersível em papel-cartão utilizado para a produção de diversos tipos de embalagens presentes no dia a dia. A solução mantém as características de reciclagem e compostagem originais do papel, sendo uma alternativa mais sustentável às opções atuais.
A redução das emissões CO2 é tema prioritário para a Klabin, que possui um histórico de investimentos e adoção de tecnologias de baixo carbono ao longo de sua trajetória. Por meio desse trabalho, a companhia alcançou resultados relevantes nos últimos anos, como a redução de 67% nas emissões de CO2 equivalente por tonelada de produto gerado de 2003 a 2021.
A Klabin é uma das primeiras empresas brasileiras a se comprometer com a redução de emissões com base na ciência. Ano passado, teve suas metas aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi), na qual se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (escopos 1 e 2) em 25% por tonelada de celulose, papel-cartão e embalagens até 2025, e em 49%, até 2035, levando em consideração o ano-base 2019.
O compromisso da Papirus com o meio ambiente está no DNA da empresa desde a sua fundação. Já são 70 anos de história tendo entre seus pilares a sustentabilidade, aplicada ao processo produtivo e em ações engajadas com a economia circular, que fazem a companhia ser capaz de produzir papel-cartão com menos impacto ambiental, usando matéria-prima virgem certificada e controlada e aparas de papel coletadas por catadores e aparistas.
Para fortalecer sua posição como a maior recicladora do segmento de papelcartão, a empresa aderiu à plataforma da cleantech Polen, visando certificar e catalogar informações referentes à rastreabilidade e origem dos materiais reciclados recebidos das cooperativas e de outras fontes e transformá-los em créditos de reciclagem. Esses créditos são transferidos para os fabricantes de grandes marcas de consumo, que assim podem atestar seu compromisso com o meio ambiente e a destinação correta das embalagens, como determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Este projeto consolida a atuação da Papirus como empresa pioneira na reciclagem de embalagens de papel-cartão e que atua desde a captação junto às cooperativas até a reciclagem, funcionando como importante ferramenta da economia circular.
O Ciclo Bom é um projeto de economia circular desenvolvido pela BO Packaging com o apoio da Ibema e da startup de logística reversa inteligente Green Mining, que tem como objetivo dar uma nova vida aos copos de uso único da rede de cafeterias Starbucks, transformando-os em luvas de copos para bebidas quentes. Teve início no ano passado em três lojas em São Paulo e até o momento já reciclou mais de 100 mil copos. Em 2022, o projeto será expandido para mais seis lojas.
Todos os copos coletados são encaminhados para a unidade fabril da Ibema, localizada em Embu das Artes (SP), para reciclagem e conversão em novas matérias-primas, como o papel-cartão Ibema Ritagli, a primeira embalagem do Brasil a oferecer as comprovações de logística reversa.
Referência global no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras, de origem renovável, a Suzano tem como propósito renovar a vida a partir da árvore. Maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, atende mais de 2 bilhões de pessoas a partir de 11 fábricas em operação no Brasil, além da joint operation Veracel.
Até 2030, a empresa tem como metas tirar 200 mil pessoas da linha de pobreza em suas áreas de atuação. Também quer ser mais positiva para o clima, removendo 40 milhões de toneladas de CO2 do meio ambiente e se compromete a oferecer 10 milhões de toneladas de produtos de origem renovável, desenvolvidos a partir da biomassa para substituir plásticos e outros derivados de petróleo.
A economia circular é a base na fabricação de papel com uso de aparas como matéria-prima na MD Papéis. As aparas pré-consumo fazem parte da receita do papel da empresa. Outras práticas positivas ao meio ambiente são a utilização de matérias-primas provenientes exclusivamente de áreas de reflorestamento e o Programa Aterro Zero para coprocessamento dos resíduos gerados pela empresa, reaproveitando-os como combustível para geração de energia em outros processos e gerando benefícios que são compartilhados por todos.
Na WestRock, empresa global em soluções únicas e sustentáveis em papel e embalagens, o compromisso com a sustentabilidade permeia todo seu negócio integrado no Brasil: são 54 mil hectares de florestas, uma fábrica de papel HyPerform® e rede de unidades de fabricação de papelão ondulado, com quatro plantas estrategicamente localizadas em três estados do país.
Todos os produtos, desde o negócio florestal (sementes, mudas e toras de madeira), a linha de papéis HyPerform® e as embalagens de papelão ondulado, são de fonte renovável, biodegradáveis e recicláveis. Os papéis e embalagens têm como matéria-prima somente fibras naturais, tanto virgens – provenientes de florestas plantadas duplamente certificadas e de fontes responsáveis – quanto recicladas, vindas da economia circular.
O modelo de negócio é regenerativo. Apenas em 2020, os 54 mil hectares de florestas plantadas e preservadas removeram da atmosfera mais de 556 mil toneladas de CO₂. Do ponto de vista de produto – as embalagens de papelão ondulado – a cada 1 tonelada de papelão produzido, mesmo após considerar o carbono emitido em toda a cadeia, ainda há um saldo positivo de mais de 600 kg de CO2eq*.
Por meio de investimento em pesquisa, tecnologia e inovação, a empresa desenvolveu a linha de papéis HyPerform®, que oferece maior performance e resistência por gramatura, o que significa redução do uso de fibras em até 18%, no mínimo, com a mesma eficiência e desempenho. A empresa utiliza biocombustíveis para 85% da geração de energia necessária para produção de papel, reduzindo o uso de combustíveis fósseis em nossas operações.
A WestRock retira do mercado, todos os anos, mais de 95 mil toneladas de papel e papelão pós-consumo, que voltam para a sua a fábrica de reciclagem de aparas, em Três Barras (SC), onde são processadas e incorporadas a novos produtos. Também promove a reciclagem anual de cerca de 1.400 toneladas de resíduos plásticos, além de 500 de resíduos metálicos, que são destinados a parceiros que os transformam em matéria-prima para novos itens.
Elaborado conforme a Resolução CVM 14/2020 e com fundamento nas diretrizes e orientações técnicas da International Framework (IR), da Global Reporting Initiative (GRI) e dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o Relato Integrado (ESG) 2021 da Irani Papel e Embalagem S.A., uma das principais indústrias de papel e embalagens do Brasil, apresenta as ações ambientais, sociais e de governança realizadas em todas as suas unidades e empresas controladas no ano passado. Para isso, foram considerados os seis capitais da companhia: Financeiro, Social e de Relacionamento, Humano, Intelectual, Manufatura e Natural.
Entre os principais dados apresentados no Relato Integrado (ESG) 2021 está a venda de créditos de carbono no valor de mais de R$ 1,7 milhão e investimentos superiores a R$ 10 milhões em processos de gestão ambiental. No que diz respeito aos compromissos socioambientais, a Irani se comprometeu a reduzir em 30% o uso específico de água em seu processo produtivo e ser autossuficiente em geração de energia renovável, além de ter 100% de energia renovável em todos os negócios até 2025. A companhia também pretende zerar o envio de resíduos não perigosos para aterro e aumentar em 20% o saldo positivo de emissões e remoções dos Gases de Efeito Estufa (GEE).
A Paraibuna Embalagens é uma empresa recicladora que atua transformando aparas em novos papéis, chapas e embalagens de papelão ondulado. Mensalmente, 15 mil toneladas de aparas são recicladas.
Dentro do ecossistema da reciclagem, a empresa reconhece a importância crucial da atividade dos catadores para a criação de uma realidade mais sustentável. Por isso, criou há dois anos, o projeto “Plantar e Colher”, que promove a inclusão socioeconômica dessa categoria com oferta de subsídios para que tenham condições dignas e seguras para a execução do serviço, além de fornecer qualificação por meio de diferentes ações de desenvolvimento, que resultou na melhoria de cerca de 10% da qualidade do material que é recebido na indústria.
A Paraibuna Embalagens também fomenta a coleta seletiva, interligando catadores a outros parceiros, como escolas e empresas promotoras de eventos. A ideia é estimular o descarte de resíduos de maneira sustentável e o catador a direcionar os materiais de modo correto, aumentando a própria renda e fazendo girar a lógica da sustentabilidade.
Um dos principais fornecedores de soluções de embalagens de papelão do mundo, a Smurfit Kappa anunciou uma redução de 41,3% das emissões de CO2 em sua linha de produção global nos últimos 16 anos. O resultado representa uma melhoria de mais de 6% no comparativo com o ano anterior. O objetivo de reduzir em 55% as emissões de carbono até 2030 também avançou significativamente em 2021 e agora resta uma margem de apenas 13,7%.
Outros resultados divulgados no Relatório de Sustentabilidade do Grupo Smurfit Kappa (SDR) estão relacionados ao uso de água. Mesmo com uma meta arrojada de diminuição de 1% do consumo de água por ano, de 2020 para 2021, a companhia conseguiu reduzir o consumo em 6,2%.
Ainda no último ano, a empresa conseguiu reduzir 29,2% dos resíduos destinados ao aterro industrial, um total de 127 toneladas a menos. Até 2025, o objetivo é diminuir 30% do volume de resíduos.
Em relação às metas de redução de resíduos, a Smurfit Kappa investiu na aquisição de prensas para todas as plantas de fabricação de papel, com o objetivo de reduzir os resíduos que seguem para os aterros.